Após ter lançado o seu primeiro EP, "Cheguei Tarde A Ontem", em setembro de 2022, Ana Lua Caiano apresenta agora o seu novo trabalho "Se Dançar É Só Depois". O novo disco, composto por seis canções, funciona como uma continuação do primeiro EP ao mesmo tempo que revela outro tipo de experimentalismo e desconstrução musical por parte da artista.
"Se Dançar É Só Depois" é um disco composto por canções fortes, ritmadas e dançáveis, que juntam sonoridades tradicionais portuguesas, fazendo uso de instrumentos tradicionais portugueses de coros, harmonias e cânones com sonoridades eletrónicas e sons do dia-a-dia.
Sobre a edição deste EP, nas palavras de Ana Lua Caiano, "é o fechar de um capítulo de muita experimentação e de muito trabalho. É uma ótima sensação quando finalmente está pronto e o posso partilhar com quem me ouve! Este EP tanto tem músicas escritas em 2020 como tem canções muito mais recentes, escritas em 2022, e por isso é super especial para mim porque junta letras de duas alturas muito distintas na minha vida. Apesar das diferenças temporais, sinto que o que liga estas canções é a sonoridade e a vontade de refletir sobre aquilo que me rodeia!"
Às músicas "Se Dançar É Só Depois" (o mais recente single e aquele que batiza o EP), Mão na Mão" e "Adormeço Sem Dizer Para Onde Vou", juntam-se três novas canções: "Vou Abaixo, Volto Acima", "Dói-me a Cabeça e o Juízo" e "Casa Abandonada".
Neste novo EP de Ana Lua Caiano destacam-se os ritmos e as vozes e é evidenciada uma maior desconstrução rítmica e exploração musical. As letras deste disco não são alheias à realidade que rodeia a artista, Ana Lua Caiano escreve sobre temas fraturantes da sociedade atual, como o excesso de trabalho, os medos, a ansiedade e a crise na habitação.
O disco, apoiado pela DGArtes, foi gravado ao longo de 2022 e 2023 em diversas residências artísticas e estúdios, passando por espaços como Chinfrim Estúdios, Arda Recorders, Albardeira Associação Cultural, Serra Espaço Cultural, Osso Associação Cultural, Oficinas do Convento e CLAV.
©Ricardo Rodrigues